quarta-feira, 14 de março de 2012

A Crônica do Jaguar

De vez em quando leio as crônicas do cartunista Jaguar no Jornal – O Dia, do Rio de Janeiro. O Jaguar foi um dos fundadores do Pasquim (semanário humorístico que ficou na ativa entre o final dos anos 60 e 1991). Cartunista da Revista Senhor, dentre outras, atualmente, está escrevendo nesse jornal carioca. E enquanto lia a página eletrônica descobri por acaso a sua coluna, e sempre que me lembro vou lá dar uma conferida. Teve uma época que ele morou aqui em Brasília. Se não me engano a mulher dele veio a trabalho, e aí aproveitou a deixa para conferir a boemia da cidade. Quer dizer, dar uma circulada por aí.

Recordo que o Correio Brasiliense fez uma matéria por alguns bares num papo bem descontraído, e inclusive no Bar Brasília, logo na entrada tem um quadro com uma charge dele. Acho que todos os dias eles devem guardar a tela ao final do expediente por que se ficar do lado de fora, eu vou ser o primeiro a passar os cincos dedos nela. Com certeza não vão dar mole um desses, né. Mas não custa dar uma passada por lá. Tira isso da cabeça, rapaz. Vamos ao que interessa: as crônicas do jornal. Você vai encontrar muitas histórias interessantes, além de conhecer a sua opinião numa porrada de assuntos dos mais variados. 

Numa crônica chamada Antônio Carlos Jobim algo me intrigou, e até comentei com os meus amigos de boteco. Na verdade a crônica relata a falta que o Tom Jobim faz, e comenta que se não estivesse sido operado lá no Tio Sam ainda estaria aí comemorando os seus 85 anos numa boa. O que me chamou a atenção foi uma história dele na Churrascaria Plataforma. O Tom nos seus últimos dez anos de vida batia o ponto por lá quase todos os dias. Fazia a tal da boemia diurna. Começava na hora do almoço e ia até às 5 da tarde. Gostava de sentar-se numa mesa perto da porta com o seu cachorro. Antes passava em algum boteco, comprava uma quentinha, e depois ia encontrar os amigos pra mais um papo, e um chope gelado. Fico imaginando a cena: o dois dividindo um prato de dobradinha. Boemia diurna tem dessas coisas. A gente sempre belisca um tira-gosto. Faz parte. Quem não gosta são as esposas, as namoradas. Já vai beber essa hora?  Calma, meu bem. É só um chopinho. Tem um livro do Jaguar que se chama – Confesso que Bebi. Se não me engano é sobre o roteiro dos bares e botecos do Rio de Janeiro. Deve ter alguns lugares interessantes que só os caras sabem o endereço. Ainda não conferi. Vou dar uma pesquisada. O Bar Brasília que se cuide. 

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Página no Jornal - O Dia - aqui
Crônica do Tom - aqui
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Esse vídeo foi ao ar em 94, tenho gravado numa fita VHS. Acho o som do Milton Nascimento um tremendo saco, mas nessa participação com o Tom Jobim, ele mandou a pau. Além disso, dá uma curtida na voz boêmia e estragada do Tom, perfeita! O sorriso do baterista já diz tudo. Confira: Aqui

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