segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Quando a hora é da razão

Qual o sentido da vida? Se essa pergunta for feita numa segunda-feira às 6:30 da matina é bem capaz de que a resposta não seja lá muito animadora. De vez em quando vejo alguém com esses tipos de questões ali querendo uma solução rápida, e indolor. Fico intrigado com as respostas. Cada um se apega da maneira que lhe convém. Uma vez ou outra me pego com essas inutilidades no meu encalço, não sou diferente. De vez quando essas bobeiras pintam por aí sem pedir licença. Só que desenvolvi um método que acho infalível. Quando algo não está legal e quero sumir da face da terra, evito perder o meu tempo com esses tipos de chatices, não fico me perguntado ou arranjando mais problema do que já tenho de fato. Por que como disse a resposta não vai ser boa. 

Agora quando vejo uma menina linda tirando a roupa só pra mim. Ah! Aí resolvo ir em frente, e só de sacanagem me faço essa pergunta universal: qual o sentido da vida? Resolvi adotar esse método por que a resposta está ali na minha frente: ela dançando devagar, tirando peça por peça sem nenhuma preocupação. Como se em cada ato, a peça retirada me dissesse: a vida já tem pergunta demais seu besta, larga de ser otário, olha aqui seu idiota, se a vida tem algum sentido que isso fique pra mais tarde. Não tem coisa mais bonita do que mulher tirando a roupa. Melhor do que qualquer filosofia, ou qualquer explicação de fim de noite. Lembro de um carnaval que apareceu uma mulher fantasiada de Eva. A fantasia era só um tapa-sexo, e purpurina por todo o corpo. De onde surgiu? Não sei. Quando vi a danada estava na minha frente sambando feito uma gata no cio. Imagina só: eu que nem gosto de dançar, e de repente me surge uma mulher praticamente nua dançando sem nenhum pudor. Porra! Qual o sentido da vida? Olhei pr’aquele monumento e com os braços abertos, disse em voz alta: obrigado meu senhor! Nunca mais vou reclamar da vida. Abraçei com jeito, e ela respondeu. Perfeito! Peguei-a pela cintura e pude sentir aquela vibração, a sua respiração quase ofegante. Vou te falar, viu. A cerveja desceu macia. 

Então decidi que de lá pra cá só faria perguntas difíceis em momentos de pura descontração, e sem compromisso. Que toda vez que tivesse mal simplesmente tomaria um banho e iria dormir. Por que quando a barra pesa você não só se arrebenta todo como também se torna um chato. Mas você poderia me confrontar dizendo que dessa forma não vale. Que essa pergunta é séria demais e que eu deturpei o seu propósito. O lance é que a gente adora se maltratar. Gostamos de ir fundo até perder o sentido. Se isso ajuda? Tenho lá minhas dúvidas. Com perguntas ou respostas o meu carnaval já começou. Vou escutar rock, mas quero dar um pulo nas ruas só pra ir atrás daquela beldade de outros carnavais. Decidi que só faço pergunta difícil na gandaia. Lá é onde encontro todas as respostas que procuro. Inclusive quando a música está nas alturas e você encontra uma gata chorando no meio da multidão. Sempre penso que deve ser por causa de algum caso de amor mal resolvido. Chifre! Fora! Sei lá. Mas agora quando ela vier novamente na minha direção, vier do jeito que veio ao mundo, pode saber que vou fazer a pergunta novamente: qual o sentido da vida? E pode acreditar que nem a alegria, e nem a tristeza vai me atrapalhar.    

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