quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quando o sofá fala mais alto

Quero pegar esse mês de novembro e também de dezembro para tirar o pé do acelerador. De vez em quando vejo alguém dizer: ‘caramba, como esse ano voou’, e pra falar a verdade também acho que passou muito rápido mesmo, me lembrei de um post que fiz em janeiro. Acho que era sobre curtir o começo do ano. De não se preocupar com o passar dos dias, deixar o relógio de lado, só que olha aí, já estamos em novembro meu amigo. Até o Papai Noel já deu o ar da graça. E pra piorar tem esse clima chuvoso. A preguiça chega sem pedir licença. Você tem que resolver isso! Tem que resolver aquilo! Ah! Deixa pra depois, mas não dá para deixar pra depois, e aí aquela velha cara feia se instala. 

Daqui uns dias ninguém tá se aguentando mais. E diante de você: supermercado lotado, estacionamento cheio, buzina, relatório para entregar no trabalho, presente pra criança, esposa, mãe, cachorro enchendo o saco. Esses meses são barra pesada, então é melhor deixar na banguela para aguentar o tranco depois. Inclusive esse blog. Disse que só vou aparecer por aqui na quarta-feira, né. Pois é... O blog também está nesse pacote de fim de ano. Mas acho que vai ser legal aparecer por aqui uma vez por semana. Porque assim fico com mais tempo para escrever. Tô dizendo isso, mas a verdade é que eu fiquei malandro, sabe. Da semana passada pra cá quis escrever alguma coisa aqui, mas só enrolei, não fiz nada. Pensei: vou fazer um texto sobre tal assunto, escrevo antes dormir, mas no final não cumpri nada do que havia prometido. 

Só que essa semana quero fazer diferente, vou tirar uma noite para escrever bastante e não deixar esse blog às moscas. Até pensei em escrever num caderno para depois postar aqui. Oh! Preguiça braba. Só pode ser doença. Vou dar um desconto. Já que estamos no fim do ano, vou me dar um desconto, um presente. Eu mereço me desligar. Mereço ficar vendo o movimento na rua. Manter distância do sermão dos chatos nos bares (não é pra qualquer um). Quero cuidar com atenção do que me falam ao canto do ouvido. Ouvir a carência das meninas nessa época de chuva torrencial e clima cinzento. Aliás, mereço conhecer uma garota que tenha um sorriso gostoso, e aprecie cerveja com moderação, e sem moderação.

Essa semana, além do texto aqui do meu querido blog, vou trocar as cordas do violão. Vou me desligar. Ficar longe das discussões bobas. Ficar longe do papo dos idiotas que me perseguiu o ano inteiro (foi difícil meu pai do céu, mas resisti, sou mais forte do que eles). Mas também sei que não vou cumprir tudo que prometi. Não é fácil. E também tem o tal do desconto. Vou ficar largado por esses dias. Depois me acerto comigo mesmo. 

Por enquanto vou pela calçada tranquilo. Não tem nada de diferente nas ruas. Só ontem pela tarde quando vi um camarada de paletó marrom e uma bermuda laranja. Uma combinação inusitada. Às vezes o cara saca de moda. Uns diriam: doidão. Ou excêntrico. Ou até mesmo brega. Mas já tá valendo, ninguém encheu o saco dele, mas também não deram muita atenção. Deve ser o efeito desse clima “amoroso” que pinta no ar sempre nessa época do ano. Talvez por isso que o comércio já tenha antecipado a chegada do velho Natalino. O cliente sempre tem razão. Será? Até a próxima semana. Eu juro que vou cumprir tudo o que prometi. Você acredita?

2 comentários:

Alan disse...

Fala praga. Estou em Florença na Italia, aqui ja sao 02:08 da madruga, acabo de chegar de um pub, bendita wi-fi que nos faz interagir com as pessoas que lembramos...Grande abraço, ate a volta

Alan

RF disse...

Fala praga city!!! Wi-fi é alucinógeno. Até... Grande Abraço