terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Velho keith

Já passei da metade do livro do Keith Richards. E tá bom pra caramba. Agora vou diminuir o ritmo. É só para não acabar logo. Essa autobiografia tem me feito companhia por esses dias. Já conhecia algumas estórias ali, mas contada pelo próprio Keith fica diferente. Você olha os Stones e nem imagina os perrengues que eles já passaram, né. Não foi só música em si, também foi mudança de comportamento. Dá uma sacada:  

"Depois, a gente capotou e dormiu até de manhã, e então eu pensei: Meu primeiro show e já catei uma menina. Cacete! Acho que tenho futuro nesse negócio".

"Quando você tem 3 mil gatas na sua frente que estão rasgando suas calçinhas e jogando-as em você, se dá conta do tremendo poder que liberou. Tudo o que foram criadas para não fazer, podiam fazer em um show de rock and roll". 

"Tudo o que fazíamos era tocar, mas o que percebíamos era estávamos atravessando dilemas e choques sociais bem interessantes".

O livro está recheado de confidências, sem enrolação. E outra, é muito pessoal. Sobre a música Ruby Tuesday, e a Linda Keith, diz:

"Esta foi a primeira vez que senti a dor profunda. O lance de ser um compositor é que, mesmo que tenha sido sacaneado, você encontra consolo em escrever a respeito, e despejar isso. Tudo tem a ver com tudo; nada está separado. Torna-se uma experiência, um sentimento, ou um aglomerado de experiências. Basicamente, Linda é Ruby Tuesday".

Sempre gostei da maneira dele tocar guitarra. Os riffs são imbatíveis. Tá muito bom ler esse livro. Ainda mais com essa chuva incessante. Ligo o som baixinho. Deito na cama. Jogo a coberta. E fico ali curtindo. Agora vou ler bem devagar, é só pra não acabar tão rápido.
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Ruby Tuesday: PLAY

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